sábado, 27 de abril de 2024

Não Chame Deus de Mentiroso



 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1° João 1:10


Pior que faltar com a verdade afirmando não cometermos pecados, é com essa negativa, chamarmos Deus de mentiroso.

Sim, isso porque essa verdade de que somos pecadores está implícita nas Sagradas Escrituras de Gênesis a Apocalipse. 

E se de alguma forma não for esse o nosso entendimento, e passarmos a discordar deliberadamente com o que a Bíblia afirma, estamos fazendo pouco caso da Verdade, e a palavra de Deus não achará lugar em nossos corações.

Ademais, discordar daquilo que Deus claramente afirma que somos, implica em afrontar ao único que é Santo e Verdadeiro. É querer desdizer, desfazer ou desmentir a Deus,  acusando-O de faltar com a verdade, coisa que só um louco ou alguém fora de si, ousa fazer.

Pb. Levi Almeida

A VERDADEIRA FÉ



A Fé Verdadeira

Daniel 3

O diabo nos tenta a fim de destruir nossa fé, mas Deus nos prova a fim de desenvolver nossa fé, pois uma fé que não pode ser provada não é digna de confiança. A fé que não é verdadeira sucumbe nos tempos de provação, mas a fé autêntica lança raízes mais profundas, cresce e glorifica a Deus. Isso explica por que Deus permitiu que três homens hebreus fossem provados e lançados numa fornalha de fogo.

A experiência desses três homens nos ajuda a examinar nossa própria fé e a determinar se temos uma fé autêntica, que pode ser provada, e a glorificar a Deus.

 1. A FÉ VERDADEIRA ENCARA O DESAFIO ( Dn 3:1-12 ) O rei enviou mensageiros a todas as províncias de seu império ordenando que os oficiais se reunissem para a consagração da grande estátua de ouro. São mencionados os nomes de oito oficiais específicos (Dn 3:2,3) que representariam o povo de suas províncias. Todos os níveis hierárquicos possuíam representantes, e esperava-se que todos estivessem presentes.

No entanto, naquela imensa multidão, três homens permaneceram em pé, mesmo quando todo o resto prostrou-se com o rosto em terra. Sua fé estava no verdadeiro Deus vivo e na Palavra que ele havia dado a seu povo. Conhecendo a história do povo judeu, tinham certeza de que o Senhor estava no controle e de que não havia nada a temer. Ter fé significa obedecer a Deus apesar dos sentimentos dentro de nós, das circunstâncias a nosso redor ou das consequências diante de nós.

                A verdadeira fé não teme as ameaças, não se impressiona com as multidões nem se abala com cerimônias supersticiosas. A verdadeira fé obedece ao Senhor e confia que ele cuidará das consequências. Prostrar-se diante de uma imagem, ainda que uma só vez, quaisquer que fossem as desculpas que pudessem dar, teria acabado com seu testemunho e rompido sua comunhão com Deus.

2 . A FÉ VERDADEIRA CONFESSA O SENHOR ( Dn 3 : 13 – 18 ) Novamente, vemos o rei num ataque de raiva (v. 13; ver v. 19 e 2:12). Ele havia conquistado muitas cidades e nações, mas não conseguia dominar a si mesmo. Os três oficiais hebreus, porém, mostravam-se calmos e respeitosos.

Os três homens poderiam ter transigido com o rei e defendido sua desobediência com argumentos como: “Todos estão fazendo isso”, ou “É uma das obrigações de nosso cargo”, ou ainda “Dobraremos nossos joelhos, mas não o nosso coração”. Poderiam ter dito: — Podemos ser mais úteis para nosso povo como oficiais a serviço do rei do que como cinzas na fornalha do rei. Contudo, a verdadeira fé não procura brechas para escapar; simplesmente obedece a Deus e sabe que ele fará aquilo que for melhor.

 “Quanto a isto não necessitamos de te responder” (Dn 3:16) significa: “Não precisamos nos defender nem defender nosso Deus, pois nosso Deus cuidará da sua própria defesa e da nossa.”Os três homens hebreus criam que Deus podia livrá-los, mas confiariam nele, mesmo que não o fizesse. E assim que a fé deve funcionar em nossa vida (ver Habacuque 3:17-19).

3. A FÉ VERDADEIRA DESCONCERTA O INIMIGO (Dn 3:19-25) Mais uma vez, o rei se enfureceu – homens arrogantes não gostam de ser desobedecidos – e ordenou que os três judeus fieis fossem lançados na fornalha de fogo. Haviam recusado sua oferta generosa e teriam de sofrer as consequências. Finalmente, os conselheiros da corte teriam sua vingança contra esses exilados judeus que haviam se instalado em seu território e sido promovidos a cargos que pertenciam aos caldeus.

 Os três homens haviam se recusado a obedecer às ordens do rei e a prostrar-se diante da figura, mas quando o rei ordenou que saíssem da fornalha, obedeceram sem demora. Eram milagres vivos e queriam que todos soubessem o que seu grande Deus era capaz de fazer. Não apenas o corpo de cada homem estava intocado, como também seus cabelos não haviam sido chamuscados e suas roupas nem tinham cheiro de fumaça.

Os oficiais não ousaram dizer coisa alguma naquele momento a fim de não ofender o rei. Mas Nabucodonosor falou (v. 28)! Declarou: (1) o poder do Deus de Israel; (2) a eficácia da fé nele; e (3) a devoção extraordinária dos três homens judeus que sujeitaram seu corpo ao Deus verdadeiro e não ao falso deus do rei (Rm 12:1, 2). Por um ato de fé, os três judeus deram testemunho do verdadeiro Deus vivo a todo o império babilônio!

4 . A FÉ VERDADEIRA CONFIRMA AS PROMESSAS (Dn 3 : 26 – 30 ) Por que o Senhor incluiu essa história nas Escrituras do Antigo Testamento? Pelo mesmo motivo que incluiu histórias sobre as “experiências de fé” de Abraão, de Moisés, de Josué, de Davi e dos profetas: para encorajar o povo de Deus em sua batalha contra o mundo, a carne e o diabo. “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4).

A vida pode ser relativamente segura e confortável onde você e eu vivemos, mas, em muitas partes do mundo, o povo de Deus está pagando um alto preço para manter-se firme em seu testemunho e continuar separado do mundo. Dia após dia, ouvem o arauto gritando: “Prostrai-vos diante da figura de ouro como todos estão fazendo!” “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2:10).

 Ao nos aproximarmos do fim dos tempos, a fornalha da oposição será aquecida para arder com intensidade sete vezes maior, e a pressão para se conformar ao mundo ficará cada vez mais forte. Será preciso um bocado de graça, oração, coragem e fé ao povo de Deus para que permaneça firme por Cristo, enquanto outros se prostram diante dos deuses deste mundo. O Livro de Daniel é uma grande fonte de estímulo, pois nos lembra de que Deus se preocupa com seu povo e honra seus filhos, quando são fiéis a ele. “Porque aos que me honram, honrarei” (1 Sm 2:30).

Pr. Eli Vieira

sexta-feira, 26 de abril de 2024

UMA VIDA EXTRAORDINÁRIA

 


  Como podemos viver uma vida extraordinária?

Êxodo 13:17- 15:21

“A HISTÓRIA NÃO CONFIA A GUARDA DA LIBERDADE POR MUITO TEMPO ÀQUELES QUE SÃO FRACOS OU TÍMIDOS.” O presidente Dwight Eisenhower disse essas palavras em seu discurso de posse, no dia 20 de janeiro de 1953. Como o homem que ajudou a liderar os Aliados rumo à vitória na Segunda Guerra Mundial, o general Eisenhower tinha amplo conhecimento do altíssimo preço da vitória, bem como do fardo pesado da liberdade que sempre segue o triunfo.

Existe algo mais extraordinário do que desfrutar da vida de Deus? Viver um profundo relacionamento com Cristo e andar no Centro da sua vontade é a maior experiência que alguém pode desejar. Ele tem planos e propósitos exclusivos reservados para cada um dos seus filhos, para o seu povo para que possamos viver em plena liberdade, e assim desfurtar de uma vida extraordinária.

Israel havia vivido muitos anos como escravo no Egito, agora estava livre da escravidão, mas para não ser escravizado mais uma vez precisava andar com Deus para viver uma vida extraordinária. O êxodo de Israel ensinou ao povo que seu futuro sucesso estava em caminhar com Deus. Para viver uma vida extraordinária, nós precisamos:

1-SEGUIR A DIREÇÃO DO SENHOR (ÊX 13:17-22) – O êxodo de Israel do Egito não foi o fim de sua experiência com Deus; na verdade foi um recomeço. “Foi preciso uma noite para tirar Israel do Egito, mas foram necessários quarenta anos para tirar o Egito de Israel”, disse George Morrison. Se Israel obedecesse à vontade de Deus, o Senhor os conduziria à terra prometida e lhes daria sua herança. Quarenta anos depois, Moisés lembraria a nova geração de que Deus “te tirou do Egito […] para te introduzir na sua terra e ta dar por herança” (Dt 4:37, 38).

A mesma coisa pode ser dita da redenção que temos em Cristo: Deus nos livrou da escravidão para que pudesse nos conduzir à bênção. A. W. Tozer costumava nos lembrar de que “somos salvos de, como também para”. A pessoa que confia em Jesus Cristo nasce de novo e passa a fazer parte da família de Deus, mas esse é só o começo de uma nova e empolgante aventura que deve nos conduzir ao crescimento e a conquistas. Deus nos liberta e, então, nos conduz através das várias experiências da vida, um dia de cada vez, para que possamos conhecê-lo melhor e para que, pela fé, possamos nos apropriar de tudo o que ele deseja nos dar.

         Deus traça o caminho para seu povo (w. 17, 18). Deus não é surpreendido por nada. Ele planeja o melhor caminho a ser percorrido por seu povo. E possível que nem sempre compreendamos o caminho que ele escolhe ou que nem mesmo concordemos com ele, mas o caminho de Deus é sempre certo. Podemos dizer cheios de confiança: “Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23:3) e devemos orar com humildade e pedir: “Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me” (SI 25:4, 5).

Se houvesse algum estrategista militar no meio do povo de Israel naquela noite, ele provavelmente teria discordado da rota de desocupação escolhida por Deus, pois era longa demais. Deus sabia o que estava fazendo quando escolheu o caminho mais longo.

Se você permitir que Deus dirija seus passos (Pv 3:5, 6) você irá viver uma vida extraordinária. Mas espere ser conduzido, de vez em quando, por alguns caminhos que parecem desnecessariamente longos e sinuosos. Lembre-se de que Deus sabe o que está fazendo, de que ele não está com pressa e de que, enquanto você segui-lo, estará seguro sob a bênção dele. É possível que ele feche algumas portas e, de repente, abra outras, e devemos ficar alertas para isso (At 16:6-10; 2 Co 2:12, 13).

Deus encoraja a fé de seu povo (v. 19). Antes de morrer, José fez seus irmãos prometerem que, quando Deus livrasse Israel do Egito, seus descendentes levariam consigo os restos mortais dele para a terra prometida (Gn 50:24, 25; Hb 11:22). José sabia que Deus cumpriria sua promessa e salvaria os filhos de Israel (Gn 15:13-16). José também sabia que seu lugar era na terra de Canaã, junto com seu povo (Gn 49:29-33).

O que esse caixão significava para as gerações de judeus que viveram durante os terríveis anos de escravidão no Egito? Sem dúvida, os judeus podiam olhar para o caixão de José e ser encorajados. Afinal, o Senhor havia cuidado de José durante suas provações e, por fim, o havia libertado, e faria o mesmo pela nação de Israel, libertando-a no devido tempo. Durante os anos que passou no deserto, Israel viu o caixão de José como uma lembrança de que Deus tem seu tempo e cumpre suas promessas. José estava morto, mas servia de testemunho da fidelidade de Deus. Quando chegaram a sua terra, os judeus cumpriram sua promessa e sepultaram José na terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó (Js 24:32).

Enquanto continuamos a obedecer ao Senhor, tais lembranças podem servir para encorajar nossa fé. O importante é que elas apontem para o Senhor e não para um passado morto e que perseveremos em caminhar pela fé e em obedecer ao Senhor em nossos dias.

Deus vai adiante de seu povo para mostrar o caminho (w. 20-22). A nação foi guiada por uma coluna de nuvem, durante o dia, e uma coluna de fogo, durante a noite. Essa coluna é identificada como o anjo do Senhor, que guiou a nação (Êx 14:19; 23:20- 23; ver Ne 9:12). Houve ocasiões em que Deus falou de dentro da coluna de nuvem (Nm 12:5, 6; Dt 31:15, 16; Sl 99:7), e ela também protegeu o povo enquanto caminhavam sob o sol escaldante durante o dia. (Sl 105:39). Quando a nuvem se movia, o acampamento também se deslocava; quando a nuvem parava, o acampamento esperava (Êx 40:34-38).

Não temos o mesmo tipo de orientação visual hoje em dia, mas contamos com a Palavra de Deus, que é luz (Sl 119:105) e fogo (Jr 23:29). É interessante observar que a coluna de fogo servia de iluminação para os israelitas, mas era escuridão para os egípcios (Êx 14:20). O povo de Deus é esclarecido por sua Palavra (Ef 1:15-23), mas os que não são salvos não conseguem compreender a verdade de Deus (Mt 11:25; 1 Co 2:11-16).

Como teria sido insensato os israelitas pararem sua marcha a fim de fazer uma votação sobre o caminho que deveriam tomar para o monte Sinai! Certamente há um lugar para a deliberação e para o referendo comunitários (At 6:1-7), no entanto, quando Deus fala, não há motivo para fazer uma assembleia. Em mais de uma ocasião, nas Escrituras, a maioria estava errada.

2. CONFIAR NAS PROMESSAS DO SENHOR (Êx 14:1-31) – O Senhor Deus manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel” (SI 103:7). O povo judeu foi informado daquilo que Deus desejava que fizesse, porém Moisés foi informado do porquê de Deus estar fazendo tais coisas. “A intimidade do Senhor é para os que o temem” (SI 25:14). A liderança de Moisés foi um elemento essencial para o sucesso da CAMINHADA de Israel. Nesta caminhada ele enfrentaram muitas circunstâncias adversas.

Faraó e a seus oficiais, ao deixarem os hebreus escaparem, haviam colocado em risco – ou talvez até destruído – toda a economia de sua terra, portanto o mais lógico era ir atrás deles e levá-los de volta ao Egito. Encontramos, aqui, outro motivo pelo qual o Senhor escolheu aquele determinado caminho: os relatos levariam o Faraó a crer que os hebreus estavam vagando como ovelhas perdidas no deserto e que, portanto, poderiam facilmente ser perseguidos e capturados pelo exército egípcio e assim perseguiram os israelitas (vv.1-9). O Senhor estava atraindo os egípcios para sua armadilha, pois Deus estava no controle.

Enquanto os israelitas mantivessem seus olhos fixos na coluna de fogo e seguissem ao Senhor, estariam andando pela fé e nenhum inimigo poderia tocá-los. Contudo, quando tiraram os olhos do Senhor e olharam para trás, viram os egípcios se aproximando, apavoraram-se e começaram a murmurar, entraram em pânico(vv.10-12).

“Visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Co 5:7).

Quando você se esquece das promessas de Deus, começa a imaginar as mais terríveis possibilidades. A incredulidade consegue apagar de nossa memória todas as demonstrações que vimos do grande poder de Deus e todos os exemplos que conhecemos da fidelidade de Deus a sua Palavra.

Moisés era um homem de fé e confiava no poder de Deus, que sabia que o exército do Faraó não consistia, de modo algum, numa ameaça para Jeová. Moisés deu várias ordens ao povo, e a primeira delas foi: “Não temais” (v. 13). Às vezes, o medo nos enche de energia e procuramos evitar o perigo. Em outras ocasiões, porém, ele nos paralisa e não sabemos o que fazer. Israel foi tentado a fugir, mas Moisés deu-lhe mais uma ordem: “Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor” (v. 13). Pela fé, os israelitas haviam marchado para fora do Egito e deveriam, portanto, pela fé, aquietar-se e ver Deus destruir os soldados da cavalaria egípcia.

Moisés não disse apenas para se aquietarem, mas também “vós vos calareis” (v 14). Como teria sido fácil chorar, murmurar e criticar Moisés, mas nenhuma dessas coisas teria ajudado o povo a sair daquela situação. A incredulidade gera murmuração, mas a fé leva à obediência e traz glória para o Senhor. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Que motivo há para reclamação quando temos a maravilhosa promessa de que “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14)? Mais tarde, em sua jornada, o Senhor ajudaria Josué e o exército israelita a combater suas batalhas (Êx 1 7:8), mas, dessa vez, Deus derrotaria os egípcios sem a ajuda de Israel.

A ordem seguinte foi de Deus para Moisés: “Que marchem!” (14:15) O fato de Israel estar diante do mar não era problema para Deus, e ele disse a Moisés exatamente o que fazer. Quando Moisés erguesse a vara, as águas se separariam, e Israel poderia atravessar em terra seca e escapar do exército egípcio.

Por que Deus realizou essa série de milagres para o povo hebreu? Em primeiro lugar, ele estava cumprindo sua promessa de que livraria Israel e de que os tomaria para si como seu povo (Êx 3:7, 8). Em tempos vindouros, os judeus mediriam todas as coisas tomando como parâmetro a demonstração do grande poder de Deus no êxodo. No entanto, Deus tinha mais um propósito em mente: Em segundo lugar, revelar outra vez seu poder e glória na derrota do exército egípcio. “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor” (Êx 14:18).

A coluna posicionou-se entre Israel e os egípcios, indicando que Deus havia se tornado uma muralha de proteção entre seu povo e seus inimigos. A coluna servia de luz para os israelitas, mas era escuridão para os inimigos, para o povo incrédulo do Egito, que não era capaz de compreender os caminhos do Senhor. Quando Moisés estendeu a mão, o Senhor enviou um forte vento que separou as águas do mar e abriu caminho para o povo atravessar. O Salmo 77:16-20 indica que esse vendaval foi acompanhado de uma grande tempestade e que, depois de Israel ter atravessado, a tempestade transformou o caminho seco percorrido pelos hebreus numa estrada lamacenta.

Jesus perguntou a seus discípulos depois de acalmar uma tempestade: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Mc 4:40). A fé e o medo não podem viver juntos no mesmo coração, pois uma coisa destrói a outra. A verdadeira fé depende daquilo que Deus diz e não daquilo que vemos ou da maneira como nos sentimos. Alguém disse, muito corretamente, que fé não é crer apesar das evidências – isso é superstição -, mas sim obedecer apesar das consequências.

Essa série de milagres divinos certamente foi uma revelação da grandeza e do poder de Deus, de sua fidelidade às suas promessas e de sua preocupação por seu povo. O milagre do êxodo tornou-se parte da confissão de fé de Israel ao levarem suas ofertas ao Senhor (Dt 26:1-11).

Hoje, nós precisamos olhar para os milagres de Deus em nosso viver, a vida é um milagre, mas o maior e o melhor milagre é a salvação em nosso Senhor Jesus Cristo e sermos testemunhas dele a cada passo em nossa jornada.

3. ADORAR AO SENHOR (ÊX 15:1-21) – Uma vez que os inimigos haviam se afogado e que a liberdade era certa, o povo de Israel irrompeu em cânticos e adorou ao Senhor. Não lemos que adoraram a Deus enquanto eram escravos no Egito, e, durante a saída da terra, queixaram-se a Moisés pedindo que os deixasse voltar ao Egito. Mas é preciso haver maturidade da parte do povo de Deus a fim de ser capaz de entoar “canções de louvor durante a noite” (Jó 35:10; SI 42:8; Mt 26:30; At 16:25), e naquele tempo os israelitas ainda eram imaturos em sua fé.

O hino de louvor tem quatro estrofes: a vitória de Deus é anunciada (Êx 15:1-5), as armas de Deus são descritas (vv. 6-10), o caráter de Deus é exaltado (vv. 11-16a) e as promessas de Deus são cumpridas (vv. 16b-18).

 O Senhor é mencionado dez vezes nesse hino, enquanto Israel cantava ao Senhor e sobre o Senhor, pois a verdadeira adoração envolve o testemunho fiel de quem Deus é e do que ele faz por seu povo. A vitória de Deus foi gloriosa, pois em tudo foi obra do Senhor. O exército egípcio foi lançado no mar (vv. 1 e 4), e os soldados afundaram como pedras (v. 5) e como chumbo (v. 10). Foram consumidos como restolho (v. 7).

A declaração: “O Senhor é homem de guerra” (v. 3) pode ser perturbadora para aqueles que acreditam que qualquer coisa relacionada à guerra não se encaixa com o evangelho e com a vida cristã. Algumas denominações tiram os hinos “militantes” de seus hinários, inclusive o “Avante, Avante O Crentes”. Porém, Moisés prometeu ao povo: “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14; ver Dt 1:30), e um dos nomes de Deus é “Jeová Sebaoth”, que significa “Senhor dos Exércitos”, título que aparece mais de duzentas e quarenta vezes no Antigo Testamento. Em seu hino da reforma, Castelo Forte, Martinho Lutero escreveu:

A nossa força nada faz

Num mundo tão perdido,

Mas nosso Deus socorro traz,

Por Cristo, o escolhido.

 Conosco está Jesus,

O que venceu na cruz,

 Senhor dos altos céus;

E, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha. (Hinário Luterano, n 2165)

Se temos neste mundo um inimigo como Satanás e se o pecado e o mal são abomináveis ao Senhor, então Deus deve guerrear contra eles. “O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos” (Is 42:13). Jesus Cristo é tanto o Cordeiro que morreu pelos nossos pecados como o Leão que julgará o pecado (Ap 5:5, 6) e, um dia, cavalgará para a conquista de seus inimigos; (Ap 19:11).

Em três ocasiões específicas registradas nas Escrituras, o povo de Israel cantou: “O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação” (Êx 15:2):

1-Quando Deus livrou Israel do Egito,

2-Quando o remanescente judeu lançou os alicerces do segundo templo (Sl 118:14)

3- Quando os judeus foram reunidos e voltaram para sua terra a fim de desfrutar as bênçãos do reino (Is 12:2). Em cada um desses casos, o Senhor deu força, salvação e um cântico.

O Senhor é um “homem de guerra” que não luta com armas convencionais. Ao usar características humanas para descrever atributos divinos, os cantores declaram que sua destra é gloriosa em poder, sua majestade lança por terra os inimigos e sua ira os consome como o fogo que queima o restolho.

Não é de se admirar que seu povo cantou: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?” (v. 11; ver Mq 7:18), eles exaltaram o caráter de Deus, A resposta, obviamente, é que não há ninguém como o Senhor, pois nenhum outro ser no Universo é “Glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que opera(s) maravilhas” (Êx 15:11). Essa estrofe prossegue louvando a Deus por seu poder (v. 12), por sua sabedoria ao conduzi-los (v. 13) e pela grandeza de sua presença ao inspirar o medo no coração de seus inimigos (v. 14).

A promessa de Deus é cumprida (w. 16b18). Essa estrofe refere-se à futura conquista de Canaã por Israel e afirma que Deus comprou Israel e que são seu povo. As nações de Canaã ficariam mudas como pedras, quando os exércitos israelitas conquistassem a terra e as tribos se apropriassem de sua herança. Deus os tirou do Egito para levá-los a Canaã e plantá-los em sua própria terra (Sl 44:2; 80:8, 15; Is 5). Deus colocaria seu santuário no meio do povo e habitaria com eles em glória. A frase “O Senhor reinará por todo o sempre” (Êx 1 5:18) é o apogeu do cântico, enfatizando que Deus é soberano e eterno.

Não apenas Moisés liderou os homens no cântico desse hino de louvor (Êx 15:1) como também Miriã formou um coral especial de mulheres israelitas, que se juntaram a ela repetindo as primeiras palavras do cântico. Seu entusiasmo cheio de regozijo expressou-se enquanto cantavam, tocavam seus tamborins e dançavam na presença do Senhor (ver 1 Sm 18:6; 2 Sm 1:20).Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl 106:11, 12). 

 Não foi fácil para eles carregar o fardo da liberdade, e Deus precisou ensiná-los a viver um dia de cada vez durante aqueles quarenta anos, em nossa peregrinação rumo a pátria celestial nós precisamos seguir os ensinamentos do Pai, crer em suas promessas e viver em adoração para honra e glória dEle.

Ad. Pr. Eli Vieira pastor da IP Semear e professor do IBI.

Deus De Relacionamentos

 


O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Ezequiel 37:27

Pense na honra e no privilégio que temos em saber que O Todo Poderoso Deus , o Altíssimo, o criador de todas as coisas, tem profundo prazer e desejo de habitar no meio de nós.

Observe como a vinda do Cristo é anunciada às nações: "Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel- que quer dizer: Deus conosco. (Mat 1:23).

Deus conosco é o mesmo que Deus tabernaculando com os homens . Ou seja : é o Todo Poderoso fazendo morada entre nós, e se relacionando conosco.

Logo, o que João 1:14 exprime no seu evangelho, quando escreve: "E o Verbo se fez gente, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade..." lea-se e entenda-se "Deus se fez gente, e tabernaculou conosco, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai".

Pb. Levi Almeida

Um final Espetacular.

 


Textos: Jeremias 29.11, Êxodo 16.4 e 28, Números 32.10


Pergunta Quebra Gelo: Onde você gostaria de passar as férias?

 Resumo: Durante este estudo, aprenderemos que Deus dá a todos nós a chance de termos um final vitorioso. Para que isso aconteça, Ele nos ensina quais são as atitudes sábias que devemos tomar para que tenhamos uma vida feliz, do começo ao fim.

 Introdução: Precisamos entender, de uma vez por todas, que a história que o Senhor escreveu para nós é muito melhor do que a que nós muitas vezes queremos escrever. Porém, o Senhor nos dá a chance de escolhermos o que queremos, mas se não formos sábios, podemos fazer escolhas erradas. Para que isso não aconteça, precisamos tomar cuidado para não ter o mesmo comportamento que o povo de Israel, enquanto atravessava o deserto. Se agirmos como eles, então toda a história se repetirá. _Pergunta:_  O que você acha que deve fazer para ter o final que Deus planejou para a sua vida?

 Atitudes sábias para um final vitorioso:

*I – Ser aprovado no deserto. Precisamos entender que deserto é lugar onde Deus nos testará e estes testes são extremamente necessários. Precisamos entender também que todos nós passaremos pelo deserto antes de conquistarmos a promessa, ou seja, todos nós seremos testados em nossa obediência em algum momento de nossas vidas.  Enquanto estavam no deserto, o povo foi desobediente às ordens que Deus lhes havia dado e, por isso, o Senhor declarou que daqueles que havia resgatado no Egito, ninguém com 20 anos para cima veria a terra prometida, pois não lhe haviam obedecido de todo o coração (Nm 32.10). Pergunta: Hoje temos consequências de nossas desobediência?

 *II – Ser grato em tudo. O povo de Deus também foi testado em sua gratidão e, infelizmente, também não foram aprovados. Toda vez que eles sentiam fome ou sede enquanto caminhavam rumo à terra prometida, reclamavam e pecavam. Eles facilmente se esqueciam do que Deus já havia feito por eles anteriormente e isto os tornava ingratos. O Senhor, porém, nos diz para sermos gratos a Ele em todas as situações, pois esta é a Sua vontade para nós (1 Tss 5.18). Seja grato em todas as circunstâncias, é assim que agradamos a Deus. _Pergunta:_ O que você acha da frase: “Gratidão é a linguagem do céu”? 

 *III – Não olhar para trás. As necessidades do povo os faziam olhar para trás. Toda vez que sentiam fome ou sede, olhavam para o Egito, para a velha vida e pensavam: “Nossa vida era melhor antes, quando éramos escravos”. Eles diziam: “Lá, nós nos sentávamos em volta de panelas cheias de carne e comíamos pão à vontade. Mas agora vocês nos trouxeram a este deserto para nos matar de fome! ” (Êx 16.3). Jesus disse que todo aquele que colocar a mão no arado e olhar para trás não é digno Dele (Lucas 9.62). Nós não podemos permitir que a história do povo rebelde de Israel se repita em nossas vidas, mas quando olharmos para trás, perdemos o que está pela frente! _Pergunta:_ Por que o povo olha para trás mesmo sabendo que Deus tinha uma promessa pra eles?

 *Desafio: Faça uma análise de sua vida e perceba se você não tem repetido as atitudes erradas que o povo teve enquanto estava sendo testado por Deus. Escreva estas atitudes em um papel e converse com o Senhor a respeito delas. Peça a ajuda do Espírito Santo para tomar posturas diferentes, que te levarão a ter o fim que Deus planejou para a sua vida.

Adapt. Rev. Egenildo Oliveira pastor da IP Jardim das Oliveiras e professor do IBI.

Mais de 150 igrejas foram atacadas em 1 ano de guerra no Sudão

 Igreja sendo reconstruída. (Captura de tela/YouTube/Samaritan’s Purse)

O conflito teve um impacto significativo na minoria cristã do Sudão, que é estimada em cerca de 2 milhões de pessoas.

Um relatório da Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF, sigla em inglês) aponta mais de 150 igrejas danificadas ou destruídas desde o início da guerra no Sudão em abril do ano passado.

O confronto entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês) paramilitares resultou em milhares de mortes e na devastação de comunidades religiosas.

Os observadores dos EUA alertaram que locais religiosos estão sendo alvo de ataques, causando um grande rastro de destruição.

Estimativas mostram mais de 13.000 mortes pelo conflito em andamento no país, conforme relatado pela USCIRF.

Combatentes armados têm direcionado seus ataques a locais de culto e outros espaços religiosos, agravando ainda mais a situação.

“O direito humanitário internacional considera os locais de culto e espaços religiosos como sagrados, mesmo durante conflitos armados. Apesar das proteções previstas no Artigo 53, é inaceitável que os locais de culto e espaços religiosos continuem a ser danificados e destruídos no Sudão”, declarou o comissário Mohamed Magid.

Magid também demonstrou preocupações quanto aos ataques direcionados contra líderes religiosos e o impacto do conflito sobre as minorias religiosas.

Igrejas e líderes cristãos como alvo

Em janeiro, militantes da RSF incendiaram uma igreja evangélica em Wad Madani, conforme relatado pelo Morning Star News.

A igreja, construída em 1939, representava a maior estrutura religiosa do estado de Gezira. Além disso, a RSF atacou um mosteiro cristão copta na mesma região, transformando-o em uma base militar.

A violência não se restringe apenas às estruturas religiosas. Em maio de 2023, agressores armados invadiram uma igreja e abriram fogo contra quatro pessoas, incluindo um padre e seu filho, além de esfaquearem o guarda da igreja, antes de saquearem o edifício.

Militantes da RSF também são responsáveis pela morte de Hidar Al Amin, membro da Igreja Evangélica Presbiteriana Sudanesa, durante um ataque em Omdurman. Um parente de Al Amin relatou que ele foi morto após os militantes da RSF saquearem sua propriedade.

Num incidente separado, o pastor evangélico Kowa Shamal escapou por pouco da morte depois que militantes da RSF exigiram que ele renunciasse à sua fé, relatou La Croix International no início deste mês.

O pastor Shamal também recebeu a proposta, mas não a aceitou, resultando em um confronto físico que terminou com o assassinato de seu sobrinho de 23 anos. Os membros da RSF mataram o sobrinho por ele se recusar a remover a cruz que usava no pescoço.

Ajuda humanitária

O Enviado Especial dos EUA para o Sudão, Tom Perriello, e a Administradora Adjunta da USAID, Isobel Coleman, participaram da Conferência Humanitária Internacional sobre o Sudão no início deste mês, marcando o aniversário de um ano desde o início da guerra.

Durante a conferência, a Administradora Adjunta Coleman anunciou um adicional de 100 milhões de dólares em assistência humanitária para o povo do Sudão, elevando a assistência total do governo dos EUA ao povo sudanês para mais de um bilhão de dólares desde outubro de 2023.

Nos últimos meses, tem sido observado um aumento significativo na destruição de locais religiosos durante o conflito armado.

A USCIRF fez um apelo aos governos e atores não estatais para que sigam o direito internacional e protejam esses locais. Eles citaram publicações sobre a liberdade religiosa na região do Sahel e a proteção dos locais religiosos pelo direito internacional.

Impacto na minoria cristã

O conflito armado teve um impacto significativo na minoria cristã do Sudão, que é estimada em cerca de 2 milhões de pessoas, representando aproximadamente 4,5% da população do país, que ultrapassa os 43 milhões de habitantes.

A Lista Mundial de Observação de 2024 da Portas Abertas classificou o Sudão em 8º lugar entre os lugares mais desafiadores para os cristãos, com reformas de liberdade religiosa em nível nacional que não foram implementadas localmente.

Os ataques por parte de não intervenientes não estatais continuaram crescendo, o que contribuiu para essa classificação elevada.

A violência no Sudão resultou no deslocamento de milhões de pessoas, com os civis sofrendo as consequências da luta pelo poder entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Rapid Support Forces (RSF).

À medida que os combates persistem, as minorias religiosas temem que a situação possa se deteriorar mesmo após o fim do conflito, levantando preocupações sobre futuras perseguições. O conflito em curso reavivou os receios em relação aos aspectos rigorosos da lei islâmica, especialmente após o golpe militar em 2021.

O “estado profundo” que instigou o golpe de 25 de outubro de 2021, desencadeando o conflito, é considerado uma ameaça às minorias religiosas.

O governo de transição, estabelecido após a deposição do ex-ditador Omar al-Bashir em 2019, havia feito progressos na redução da discriminação religiosa, incluindo a revogação das leis de apostasia. No entanto, o golpe militar reverteu esses avanços, deixando as comunidades religiosas do Sudão em uma situação precária.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Uma mudança de olhar

Pergunta Quebra Gelo: Se tivesse um dia de folga na semana, o que gostaria de fazer?

 

Textos: II Coríntios 4:18 e Salmos 121: 1-2.

Resumo: Durante esta célula, aprenderemos que a direção para a qual os nossos olhos estão voltados, é determinante para a nossa vida. Veremos o que a palavra de Deus nos ensina a respeito disso e como fazer para focar no que realmente importa.

Introdução: Chega a ser engraçada a maneira como algumas pessoas lidam com seus problemas. Existem pessoas que pensam que mudar o seu olhar, é não pensar no problema, fingir que ele não está acontecendo e que tudo está muito bem. Mas esta, com certeza, não é a melhor maneira. A Bíblia nos ensina a verdadeira solução para que o nosso olhar seja completamente mudado. _Pergunta:_ Como você acredita que pode mudar o seu olhar?

 Pra ter uma mudança de olhar siga os seguintes passos:

*I – Lembre-se de Deus. Em algum momento, enquanto o salmista ainda estava falando a respeito dos montes e com dúvidas a respeito de como receberia socorro, ele se lembra de Deus! Nesse momento, é como se algo mudasse dentro dele e a sua declaração passa a ser outra: o meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra! O tamanho do monte que se levantou contra a sua vida não importa, o que importa é que você se lembre de Deus. _Pergunta:_ Quais mudanças acontecem quando colocamos Deus em nossas circunstâncias?

 *II –Não valorize as circunstâncias. Quando passamos a olhar somente para o problema, corremos o grande risco de enxergá-lo como sendo maior do que ele realmente é. Paulo ensinou aos coríntios que não devemos nos atentar nas coisas que se vêem (os problemas, as circunstâncias), pois elas são passageiras. O que precisamos de fato, é valorizar as coisas que não se vêem, pois elas são eternas. Não valorize as circunstâncias, elas são passageiras. _Pergunta:_ O que você acha da frase: “Não diga para Deus o tamanho do seu problema, mas diga ao seu problema o tamanho do teu Deus”?

 *III – Pense naquilo que é eterno. Quando nossa mente está focadas nas coisas desse mundo, parece que elas vão, de certa maneira, nos sufocar. Mas quando passamos a pensar naquilo que é eterno, percebemos que existem coisas que são mais importantes. Nossa vida aqui na terra, se comparada à eternidade, é como se fosse apenas um sopro, é isso que a Bíblia diz. Então, volte seus olhos para aquilo que é eterno. _Pergunta:_ Quais efeitos práticos teremos quando pensarmos no que é eterno?

 *Conclusão: Somos tentados a manter os nossos olhos nos problemas, nas lutas, nas dificuldades e a partir disso, nos sentimos sozinhos, fracassados e infelizes. Mas quando elevamos os nossos olhos para o Senhor, percebemos que Ele é muito maior do que qualquer dificuldade e que as coisas eternas são incalculavelmente mais valiosas. Não permita que seus olhos estejam no lugar errado. Eleve os seus olhos ao Senhor e receba o socorro. _Perguntas:_ Você deseja isso? Deseja mudar o seu olhar? Levante a mão, vamos orar.

 Desafio: Separe um tempo esta semana, para nomear quais problemas têm feito você tirar os seus olhos do Senhor. Ore declarando sobre cada um deles, que o seu socorro vem de Deus.

Adapt. Rev. Egenildo Oliveira pastor da IP Jardim das Oliveira e professor do IBI

Deus Ouve e Tudo Vê

 


Miriã e Arão começaram a criticar Moisés porque ele havia se casado com uma mulher cuxita.

 "Será que o Senhor tem falado apenas por meio de Moisés? ", perguntaram. "Também não tem ele falado por meio de nós? " E o Senhor ouviu isso (Números 12:1-2).

Toda insurreição começa com conversas escusas, com comportamentos ábditos,  principalmente quando se trata de rebeldia contra nossas lideranças.

Ocorre que aquilo que se conversa nos bastidores a título de dissensão, faltando com a lealdade, ética e o devido respeito para com quem está ausente, pode até não ser sabido pelo outro, mas Deus tudo ouve e vê.

Ninguém que se levante contra uma liderança instituída por Deus, seja em qual for a esfera da vida, logrará bom êxito no seu ato de rebeldia, até porque, "a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria..." 1 Samuel 15:23. E todos quantos assim procedem, ainda que seja com as "melhores das intenções". serão tidos por abomináveis e rejeitados por Deus.

Logo, cuidado com o que você fala, comenta ou escreve sobre a sua liderança, porque Deus ouve e tudo vê.

Pb. Levi Almeida

Professora fala do impacto do avivamento de Asbury: ‘Os alunos continuam orando’

 

O avivamento na Universidade de Asbury já dura mais de 150 horas. (Foto: Instagram/Nick Hall).

Sarah Thomas Baldwin escreveu um livro que testemunha o ‘poderoso derramamento de Deus em Asbury’.

Uma professora que testemunhou as reuniões de avivamento na Universidade de Asbury no ano passado disse recentemente que “o derramamento realmente não parou”.

Sarah Thomas Baldwin, autora do livro a ser lançado sob o título “Geração Despertada: Um Relato Testemunhal do Poderoso Derramamento de Deus em Asbury”, falou à CBN News sobre os bastidores do avivamento de Asbury.

A escritora disse como vê os acontecimentos atuais e porque ela acredita que o impacto daquele avivamento ainda continua.

Tudo começou em um culto regular, em 8 de fevereiro de 2023, na capela da universidade e se transformou rapidamente em um fenômeno que muitos testemunharam como um verdadeiro avivamento.

Asbury oficialmente classificou o acontecimento espiritual como uma “manifestação”, destacando que o evento liderado por estudantes – que durou 16 dias consecutivos – “atraiu universitários de centenas de outras faculdades e universidades”, além de pessoas de todo o mundo.

Mesmo com o encerramento estruturado do evento, Baldwin observou que “quase não passava um dia” sem que ela ouvisse algo sobre como a manifestação que impactou pessoas em todo o mundo.

“É realmente emocionante”, disse ela. “E assim tem havido muitas histórias de pessoas de todo o mundo se conectando para compartilhar seus testemunhos.”

O derramamento continua

Baldwin observou que, em relação aos estudantes com quem ela trabalha, tem sido impactante testemunhar o “espírito de avivamento” que eles continuam carregando e os efeitos que Deus está operando em suas vidas por meio disso.

Sem dúvida, a manifestação em Asbury teve um impacto imediato e profundo no campus universitário cristão. Mas Baldwin ressaltou as maneiras poderosas e duradouras pelas quais a escola foi transformada.

“Imediatamente após a manifestação… nos meses de março e abril [2023], no final do semestre do ano passado, nosso campus estava realmente exausto”, disse ela. “Gosto de dizer que veio a enchente do derramamento e, quando as águas baixaram, havia alguns destroços na praia”.

E continuou: “Estávamos cansados ​​emocional, física e espiritualmente”.

Inicialmente, ela e outros questionaram sobre o que Deus poderia estar realizando. Embora ainda mantivesse seu entusiasmo pela manifestação, ela observou uma “sensação moderada” no campus.

Um fervor renovado

Meses depois, no outono, porém, ela disse que os alunos voltaram com energia e fervor renovados.

“Nossos alunos voltaram com esse espírito de reavivamento”, disse Baldwin. “E o que quero dizer com isso é ficar depois da capela para adorar e orar. Quero dizer, eles sempre fizeram isso um pouco, mas agora é apenas uma parte da nossa vida normal no campus.”

E não é só isso. Baldwin mencionou que cultos espontâneos ocorrem à tarde e à noite no campus, descrevendo essas atividades como um aumento na “temperatura espiritual de nossos alunos”.

Os jovens também têm falado com mais frequência sobre Jesus e “oram juntos de uma forma mais elevada”. Assim, o “espírito de avivamento” que tantos viram em fevereiro de 2023 voltou de forma poderosa.

O dia em que o derramamento estourou

Baldwin também refletiu sobre o dia em que o avivamento teve início, explicando como apenas compartilhar histórias sobre a manifestação de Asbury levanta seu ânimo.

“Em minha função como vice-presidente da vida estudantil, estou muito envolvido em nossa cultura e comunidade estudantil e realmente envolvido em nosso programa de capela e consegui estar no centro do que estava acontecendo desde o primeiro momento”, Baldwin disse.

“Naquela quarta-feira, 8 de fevereiro, os alunos demoraram-se depois da capela. Eu não pensei muito sobre isso. Isso acontece ocasionalmente no campus.”

No entanto, as coisas começaram a mudar à tarde, quando ela observou que mais estudantes começaram a se unir. De repente, toda a dinâmica do campus se transformou.

“A alegria, a paz, o movimento em direção ao arrependimento, a confissão – foi muito doce”, disse Baldwin. “E, desse ponto em diante, as pessoas simplesmente vieram e vieram.”

No fim de semana, a manifestação estava se espalhando pela imprensa local. Em pouco tempo, meios de comunicação nacionais estavam cobrindo o assunto, com milhares de pessoas chegando à pequena cidade de Wilmore, Kentucky, para ver os acontecimentos.

Baldwin e outros líderes do campus formaram uma equipe ministerial para auxiliar na promoção e supervisão dos eventos, à medida que estes continuavam a crescer.

“Foi como ser colocado em um barco salva-vidas e pensamos, ‘OK, estamos nisso juntos. Vamos pegar a onda… até que Deus pare de aparecer dessa forma’”, disse ela. “Tivemos esta experiência compartilhada onde vimos Jesus estar presente com nossos alunos e isso se tornou realmente um fio de prumo.”

O impacto restante

No final, a manifestação de Asbury foi encerrada quando os alunos e o campus voltaram à vida normal, mas as lições permaneceram.

“Quando as pessoas ouvem a história de como os estudantes permaneceram, como os estudantes foram levados ao arrependimento, como deram testemunho, como confessaram o pecado, como as pessoas se voltaram para o altar e se voltaram para Jesus – é como se as pessoas entrassem nisso”, disse ela. daqueles que ficam sabendo do que aconteceu. “É como um convite e as pessoas respondem a ele.”

Quanto a Baldwin, ela disse que a “grande expectativa das multidões” durante a manifestação é algo que permaneceu com ela.

“As pessoas estavam realmente desesperadas por Jesus”, disse ela.

Baldwin acredita que esse desespero é a razão pela qual tantos jovens hoje parecem estar buscando o Senhor e lutando com suas decisões para descobrir a verdade crua e autêntica.

“Encontramo-nos num momento tão desafiador no mundo e na história, e num momento sombrio em muitos aspectos”, disse ela. “E eu acho que esta é uma luz brilhante em um dia escuro e as pessoas são atraídas para a esperança de Jesus e atraídas para a cruz.”

E continuou: “É justo dizer que estamos a assistir ao desespero. As pessoas querem algo diferente e estão prontas para encontrar Jesus em um nível totalmente novo”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FAITHWARE

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Quem é o Meu Próximo?

 


Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Lucas 10:29

Após contar a parábola do bom samaritano ao intérprete da lei, em (Lucas 10:25-37); Jesus inverte a pergunta a ele feita, indagando: "Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?" (Lucas 10:36). Ao que o doutor da lei responde: "o que usou de misericórdia para com o moribundo" (Lucas 10:47).

Então Jesus arremata: "Vá e faça o mesmo". (Lucas 10:47).Observe que as palavras de Jesus nos prova categoricamente que a nossa maior dificuldade não está em não saber identificar quem é o nosso próximo, mas sim, em não querer se tornar o próximo.

Assim como aquele doutor da lei, na maioria das vezes nós já sabemos quem é o nosso próximo, mas tal qual o sacerdote e o levita mencionados na parábola, relutamos em querer ser o próximo.

Pb. Levi Almeida

UM NOVO COMEÇO

 


Gênesis 12:1-9


O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”.

Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Primeiro, o homem e a mulher desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim (cap. 3). Caim matou seu irmão, Abel, e mentiu sobre o que havia feito (cap. 4). A humanidade tornou-se tão corrompida que Deus limpou a Terra com um dilúvio (caps. 6 – 8). Noé embriagou-se, e seu filho, Cam, viu a nudez do pai (cap. 9). Rebelando-se contra Deus, os seres humanos construíram uma cidade e uma torre, e Deus precisou mandar confusão para acabar com essa rebelião (cap. 10).

Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta.

Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade. Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Onde estaríamos hoje se Abraão e Sara não tivessem confiado em Deus?

Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência.

1- UM CHAMADO (Gn 12:1a)

Quando Deus chamou. A salvação vem porque Deus, em sua graça, chama o pecador, o qual responde pela fé (Ef 2:8, 9; 2 Ts 2:1 3, 14). Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16).

Abraão tinha setenta e cinco anos quando Deus o chamou, de modo que a idade não é obstáculo para a fé. Ele confiou em Deus durante cem anos (Gn 25:7), e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Abraão era casado com Sara, sua meia irmã (Gn 20:12), e não tinham filhos. No entanto, Deus usou esse casal para fundar uma grande nação! “Porque era ele [Abraão] único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei” (Is 51:2). Por que Deus chamaria um casal nada promissor como esse para uma tarefa tão importante? Paulo dá a resposta em 1 Coríntios 1:26-31.

Como Deus chamou. “O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai” (At 7:2). Não nos é dito como Deus apareceu a Abraão, mas, de acordo com o registro de Gênesis, foi a primeira de sete vezes que Deus se comunicou com Abraão. A revelação de Deus deve ter mostrado a Abraão a vaidade e insensatez da idolatria em Ur. Quem iria querer adorar um ídolo morto depois de ter um encontro com o Deus vivo? 1 Tessalonicenses 1:9, 10 e 2 Coríntios 4:6 descrevem essa experiência de salvação.

No entanto, Deus também falou a Abraão (Gn 12:1-3), e a Palavra realizou o milagre da fé. “Assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” ‘Rm 10:17). Foi um chamado para que Abraão se separasse da corrupção a seu redor, e ele obedeceu pela fé (Hb 11:8). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus e conduz à obediência. Deus não poderia abençoar e usar Abraão e Sara a menos que estivessem no lugar onde o Senhor queria que estivessem (2 Co 6:14 – 7:1).

Por que Deus chamou. Há pelo menos três motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

Existe, porém, um terceiro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé (Gn 1 5:6; Rm 4:1-5; Gl 3:6-14) e viveu pela fé (Hb 11:8-19), e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26). Abraão obedeceu quando não sabia onde (Hb 11:9, 10), como (vv. 11, 12), quando (v. 13-16) nem por que (vv. 17-19), e nós devemos fazer o mesmo.

Abraão e Sara não eram perfeitos, mas, de modo geral, sua caminhada caracterizou-se pela fé e pela fidelidade. Quando pecaram, sofreram por isso, e o Senhor mostrou-se sempre pronto a perdoá-los quando se arrependeram. “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida toda de peregrinação.

Não somos salvos ao fazer promessas a Deus. Somos salvos ao crer nas promessas de Deus. Foi Deus quem, em sua graça, deu sua aliança a Abraão, e ele respondeu com fé e obediência (Hb 11:8-10). A maneira como você responde às promessas de Deus determina aquilo que ele fará na sua vida.

A Bíblia registra várias alianças de Deus, começando com a promessa de um Redentor, em Gênesis 3:15, e culminando com a nova aliança por meio do sangue de Jesus Cristo (Lc 22:20; Hb 8). A palavra hebraica traduzida por “aliança” tem vários significados: (1) comer com alguém, o que sugere comunhão e concordância; (2) atar ou acorrentar, o que significa compromisso; e (3) distribuir, o que sugere compartilhar. Quando Deus faz uma aliança, entra num acordo e compromete-se a cumprir suas promessas. Trata-se de um ato da mais pura graça. Deus não deu a Abraão motivos ou explicações. Deu-lhe, simplesmente, uma promessa: “Te mostrarei […] de ti farei […] te abençoarei […] abençoarei os que te abençoarem” (Gn 12:1-3). Deus prometeu mostrar-lhe uma terra, fazer dele uma grande nação e usar essa nação para abençoar o mundo todo. Deus nos abençoa para que possamos ser uma bênção para outros, e sua grande preocupação é que o mundo todo seja abençoado. A comissão missionária da Igreja não começa com João 3:16 nem com Mateus 28:18-20. Começa com a aliança entre Deus e Abraão. Somos abençoados para que sejamos uma bênção.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Podemos ver que em sua jornada Abrão fez concessões (Gn 11:27-32; 12:4 )

Os primeiros passos de fé nem sempre são gigantescos, o que explica o motivo de Abraão não ter sido completamente obediente a Deus. Em vez de deixar a família, conforme Deus havia ordenado, quando saiu de Ur, Abraão levou consigo o pai e o sobrinho, Ló, e todos permaneceram em Harã até que seu pai morreu. Tudo aquilo que você traz consigo da antiga vida para a nova pode causar problemas. Tera, o pai de Abraão, serviu de empecilho para que Abraão obedecesse plenamente ao Senhor, e Ló criou sérias dificuldades para Abraão até que os dois finalmente decidiram se separar. Quando saíram de Ur (Gn 20:13), Abraão e Sara levaram consigo uma concessão pecaminosa que em duas ocasiões lhes causou problemas (Gn 12:10-20; 20:1-18).

A vida de fé exige separação total daquilo que é mau e dedicação total àquilo que é santo (2 Co 6:14 – 7:1). Ao estudar a vida de Abraão, veremos que, com frequência, ele foi tentado a ser condescendente e, por vezes, chegou a ceder. Deus nos testa a fim de edificar nossa fé e de extrair o que há de melhor em nós, mas o diabo nos tenta a fim de destruir nossa fé e de extrair o que há de pior em nós.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. É possível que Tera fosse um planejador, mas não chegou à terra da promessa. Até certa altura, Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

A fé nos leva a mudar (w. 4, 5). Pode ter sido o amor de um filho por seu pai idoso que fez Abraão protelar (Lc 9:59-62), mas finalmente chegou o dia em que ele e Sara íi\eram de sair de Harã e dirigir-se à terra que Deus havia escolhido para eles. É impossível ter fé e duvidar (Tg 1:6-8), e não se pode servir a dois senhores (Mt 6:24). A fé exige compromisso.

“Vivemos um tempo de declarações efêmeras”, disse Vance Havner. “Os credos fundamentais da igreja encontram-se no final do hinário, mas desapareceram da vida da maioria de seus membros – se é que chegaram a significar alguma coisa. Declarações de dedicação pessoal desvanecem e precisam ser renovadas. São tempos de declarações de compromisso enfraquecidas!”

A fé nos conduz ao objetivo (w. 6-8). Deus nos coloca em ação para nos conduzir ao objetivo que tem para nós (Dt 6:23). Não sabemos nada sobre a longa jornada de Abraão e Sara de Harã até Canaã, pois o que importava era seu destino. Séculos depois, Deus daria aquela terra aos descendentes de Abraão. No entanto, quando Abraão e Sara chegaram, eram “estrangeiros e peregrinos” (Hb 11:13) em meio a uma sociedade pagã.

Tomar posse da herança implica passar por provas e tentações, desafios e batalhas, mas Deus pode nos conduzir a seu objetivo (Fp 1:6).

A obediência nos leva a uma nova segurança em Deus e a novas promessas dele (Cn 12:7; Jo 7:17). Que consolo deve ter sido para Abraão e Sara quando receberam essa nova revelação de Deus ao chegarem a uma terra estranha e perigosa. Quando caminha pela fé, sabe que Deus está com você e não há nada a temer (Hb 13:5, 6; At 18:9, 10; 2 Tm 4:17). Deus cumprirá seus propósitos e realizará em você e por seu intermédio tudo o que está no coração dele.

Por vezes, há problemas sérios em casa, no trabalho ou na igreja e nos perguntamos por que Deus permite que tais coisas aconteçam. A fim de se apropriar de sua herança espiritual em Cristo, você deve demonstrar fé na Palavra de Deus e obediência à vontade de Deus. 90 GÊNESIS 11:27 – 12:9

Para onde quer que Abraão fosse em Canaã, lá ele levantava sua tenda e seu altar (Gn 12:7, 8; 13:3, 4, 18). A tenda indicava que ele era um “estrangeiro e peregrino” que não pertencia a este mundo (Hb 11:9- 1 6; 1 Pe 2:11), e o altar indicava que ele era um cidadão do céu que adorava o verdadeiro Deus vivo. Abraão testemunhava a todos que era separado deste mundo (a tenda) e consagrado ao Senhor (o altar). Sempre que Abraão abandonava sua tenda e seu altar, metia-se em apuros.

O lugar onde Abraão colocou sua tenda tinha Betel a oeste e Ai a leste (Gn 12:8). Os nomes da Bíblia por vezes têm significados importantes, apesar de não podermos levar isso ao extremo. Betel significa “a casa de Deus” (Gn 28:19) e Ai significa “ruína”. Em termos figurativos, Abraão e Sara estavam andando na luz, do Leste para o Oeste, da cidade da ruína para a casa de Deus! O sistema deste mundo está corrompido, mas os verdadeiros cristãos deram as costas para o mundo e voltaram o rosto para o lar celestial de Deus. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18).

A fé nos coloca em movimento (v. 9). A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16). O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre seu Senhor. “Deixemo-nos levar para o que é perfeito” (Hb 6:1).

Como Abraão soube para onde ir e o que fazer? Ele “invocou o nome do S e n h o r ” (Gn 12:8). Orou ao Senhor, e Deus o ajudou. Os vizinhos pagãos de Abraão viram que ele possuía um altar, mas não tinha ídolos. Não tinha “lugares sagrados”, mas construía seu altar onde levantava sua tenda. Era possível traçar o caminho que Abraão havia percorrido até então seguindo o rastro dos altares que havia deixado para trás. Não se envergonhava de adorar a Deus abertamente enquanto seus vizinhos pagãos o observavam.

Na vida do peregrino, devemos prosseguir “de fé em fé” (Rm 1:1 7) para caminhar “de força em força” (Sl 84:7). G. A. Studdert Kennedy disse: “Fé não é crer apesar das evidências, é obedecer apesar das consequências”. “Pela fé, Abraão […] obedeceu” (Hb 11:8). A fé sem obediência é morta (Tg 2:14-26), e a ação sem fé é pecado (Rm 14:23). Deus ligou a fé à obediência como os dois lados de uma moeda – as duas são inseparáveis.

A essa altura da narrativa bíblica, Abraão encontra-se no lugar que Deus reservou para ele, fazendo o que Deus ordenou. Mas a história não termina aí – esse é só o começo! Mesmo quando você está vivendo em obediência, passa por testes e enfrenta provações, pois é assim que a fé cresce. Mas o mesmo Senhor que fez você mudar, alcançar o objetivo e continuar em movimento também o fará atravessar as provações, se você o seguir pela fé.

Adapt. Pr. Eli Vieira

O Deus Que Habita Em Nós

 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo ...