segunda-feira, 25 de março de 2024

COMO TRANSFORMAR A DERROTA EM VITÓRIA?

 



Josué 7.10-8.1-35

No dia 12 de agosto de 1849 o famoso pregador britânico F. W. Robertson disse: A vida, assim como a guerra, é uma série de erros, e não é o melhor cristão nem o melhor general que dá o menor número de passos em falso. A mediocridade pode levar a essa ideia. Na verdade, porém, o melhor é aquele que conquista as vitórias mais esplêndidas extraindo-as dos erros. Esqueça os erros; use-os para organizar vitórias. Essas palavras, afirma exatamente o oposto do que quase todos hoje em dia – inclusive as pessoas da igreja – pensam da vida.

Henry Ford teria concordado com Robertson, pois definia um erro como “uma oportunidade de recomeçar de modo mais inteligente”. Josué também teria concordado, pois estava prestes a “recomeçar de modo mais inteligente” e a transformar seus erros em vitória. Mas, para transformarmos as nossas derrotas em vitórias, nós precisamos:

1- ELIMINAR O PECADO JS 7.10-13

Israel havia enfrentado a grande cidade de Jericó, para os soldados de Josué, vencer a cidade de Ai seria algo fácil. Mas, após a grande vitória contra a poderosa Jericó, foi derrotado de forma humilhante por Ai (Josué 7). A causa da derrota coletiva foi o pecado de Acã. O erro de Acã levara Israel a uma derrota humilhante, a um desastre inconcebível naquele momento. Como consequência Deus se irou contra Israel e não só contra Acã? A resposta para a ira de Deus contra Israel está na doutrina da Aliança (pacto), o erro de um era o erro de todos. A causa da derrota de Israel foi a desobediência de Acã (Js 7.1,20,21).

Oh meus irmãos, como consequência da desobediência, Israel foi derrotado ( Js 7.2-5) Josué e os seus soldados ficaram desesperados (Js7,6-9) de tal maneira que Josué não sabia mais o que fazer. Naquele momento difícil Josué buscou a face do Senhor então Deus lhe deu a direção Js 7.10-15). A oração trouxe a descoberta do pecado (Js 7.16-21). Com a descoberta do pecado, Josué precisou tratar o erro, para isso ele aplicou a disciplina (Js 7.22-26) e assim o pecado foi eliminado do meio da congregação do povo de Deus.

Meus irmãos, assim podemos ver que o pecado foi investigado, identificado, confessado, julgado e punido. Israel precisava continuar marchando e Ai precisava ser enfrentada e derrotada.

2-RECOMEÇAR DE NOVO (JS 8:1, 2)

Uma vez que a nação de Israel havia julgado o pecado que contaminara o arraial, Deus poderia lhes falar em misericórdia e dirigi-los na conquista da terra. “O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se com praz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (SI 37:23, 24).

Não importa quantos erros venhamos a cometer, o pior erro de todos é não tentar outra vez. Alexandre Whyte diz: “A vida cristã vitoriosa é uma série de recomeços”. O capitulo de Josué 8 nos ensina a transformar derrotas em vitória. Nele aprendemos a recomeçar de forma mais inteligente. Para recomeçar o ponto partida é a palavra de Deus. Porque na Palavra de Deus é:

A palavra de ânimo (v. 1a). O fracasso costuma ser acompanhado de duas reações: o desânimo em função do passado e o medo do futuro. Olhamos para trás e nos lembramos dos erros que cometemos, e, em seguida, olhamos adiante e nos perguntamos se há algum futuro para pessoas que fracassam tão tolamente.A resposta para nosso desânimo e medo é ouvir e crer na Palavra de Deus: “Não temas, não te atemorizes” (v. 1).

Veja as declarações de “não temas” em Gênesis, Isaías 41 – 44 e nos oito primeiros capítulos de Lucas. Deus nunca desencoraja seu povo de fazer progresso. Enquanto obedecemos a seus mandamentos, temos o privilégio de nos apropriarmos de suas promessas. Deus tem prazer em “mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele” (2 Cr 16:9).

A palavra de instrução (vv. 1b-2). Deus sempre tem um plano para seu povo, e a única forma de alcançarmos a vitória é obedecer às instruções do Senhor. Em sua primeira investida contra Ai, Josué seguiu o conselho de seus espias e usou apenas parte do exército, mas Deus lhe ordenou que levasse “toda a gente de guerra” (Js 8:1). O Senhor também disse a Josué para usar uma emboscada e aproveitar-se da autoconfiança de Ai em decorrência da primeira derrota de Israel (Js 7:1-5). Por fim, Deus deu aos soldados o direito de apropriar-se dos despojos, mas deviam queimar a cidade. Se Acã tivesse esperado apenas alguns dias, poderia ter pego toda a riqueza que quisesse. Deus sempre dá o que há de melhor para aqueles que deixam a escolha ao encargo dele. Quando corremos na frente do Senhor, normalmente nos privamos de bênçãos e prejudicamos a outros.

A palavra de promessa (v. 1c). “Olha que entreguei” – essa foi a promessa de Deus (ver Js 6:2) e a garantia a Josué de que teriam a vitória, desde que obedecessem às instruções do Senhor. Mas é preciso nos apropriarmos de todas as promessas pela fé. A promessa de Deus não tem eficácia alguma a menos que seja “acompanhada pela fé” (Hb 4:2). Israel sofreu uma derrota terrível por ter agido de modo presunçoso no primeiro ataque contra Ai. As promessas de Deus fazem a diferença entre a fé e a presunção.Não importa quão terrível tenha sido nosso fracasso, podemos sempre nos levantar e começar outra vez, pois nosso Deus é um Deus de recomeços.

Hoje em dia meus irmãos, Deus não nos fala de modo audível, como acontecia com frequência nos tempos bíblicos, mas temos a Palavra de Deus diante de nós e o Espírito de Deus dentro de nós; e Deus nos guiará, se esperarmos pacientemente na sua presença e se assim recomeçarmos nós vamos transformar as nossas derrotas em vitórias.

3- SEGUIR A ESTRATÉGIA DE DEUS (JS 8:3-13)

Meus irmãos, Deus não é apenas o Deus de recomeços, mas também o Deus da variedade infinita. Como disse certa vez o rei Artur: “Deus cumpre seus propósitos de muitas maneiras, para que uma boa tradição não venha a corromper o mundo”.

Deus muda seus líderes para que não comecemos a confiar na carne e no sangue, em vez de confiar no Senhor, e ele muda seus métodos para que não passemos a depender de nossa experiência pessoal, em vez de depender das promessas divinas (W. Wiersbe).

A estratégia que Deus deu a Josué para tomar a cidade de Ai foi quase o oposto da estratégia usada em Jericó. A operação em Jericó foi constituída de uma semana de marchas realizadas à luz do dia. O ataque a Ai envolveu uma operação noturna sigilosa que preparou o caminho para o ataque durante o dia. Em Jericó, o exército invadiu a cidade unido, mas para o ataque contra Ai, Josué dividiu suas tropas. Deus realizou um grande milagre em Jericó ao fazer as muralhas ruírem, mas não houve milagre algum desse tipo em Ai. Josué e seus homens simplesmente obedeceram às instruções de Deus ao fazerem uma emboscada e atraírem o povo para fora da cidade, e o Senhor lhes deu a vitória.

É importante que se busque a vontade de Deus para cada empreendimento da vida, a fim de não depender de vitórias passadas ao planejar o futuro. Como é fácil os ministérios cristãos acabarem em becos sem saída pelo simples fato de sua liderança não discernir se Deus deseja fazer algo novo por eles. Nas palavras do empresário norte-americano Bruce Barton (1886-1967): “Quem pára de mudar pára de viver”.

A estratégia de Ai tomou por base a derrota anterior de Israel, pois Deus estava transformando os erros de Josué em vitória. O povo de Ai estava seguro demais de si mesmo, pois havia derrotado Israel no primeiro ataque, e foi essa segurança excessiva que os condenou à derrota. “Vencemos uma vez, venceremos novamente!”

O plano era simples, mas eficaz. Liderando o restante do exército israelita, Josué viria do Norte e realizaria um ataque frontal contra Ai. Seus homens fugiriam, como haviam feito da primeira vez, o que levaria o povo de Ai, seguro de si, a afastar-se da proteção de sua cidade. Quando Josué desse o sinal, os soldados na emboscada entrariam na cidade e a incendiariam. O povo de Ai se veria encurralado entre dois exércitos, e o terceiro exército cuidaria de qualquer socorro que pudesse vir de Betel.

Como todo bom general, Josué acampava com seu exército (Js 8:9). Sem dúvida, incentivou os soldados a confiar no Senhor e a crer na promessa divina de vitória. O príncipe do exército do Senhor (Js 5:14) iria adiante deles, pois obedeceram à Palavra de Deus e confiaram em suas promessas.

A obra do Senhor requer estratégia, e, em seu planejamento, os líderes cristãos devem buscar a vontade de Deus. O termo estratégia vem de duas palavras gregas que, juntas, significam “liderar um exército”. A liderança exige planejamento, e o planejamento é uma parte importante da estratégia.

Deus sempre tem um plano estratégico para o seu povo. E o caminho mais curto e eficaz para a vitória é seguirmos as estratégias de Deus. Em sua primeira investida contra Ai, Josué seguiu o conselho dos homens e usou apenas parte da sua força militar. Agora, Deus diz: “toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te, e sobe a Ai” (v.1). Deus ordena a Josué a usar todo o seu potencial de guerra. A estratégia divina tomou por base a derrota anterior, pois Deus nos ensina a transformar fracassos em sucessos. A estratégia que Deus deu a Josué para vencer Ai foi o oposto da estratégia usada em Jericó. Deus tem estratégias diferentes para cada empreendimento da nossa vida. Não confie em estratégias de sucesso, mas em Deus. Charles Stanley diz: “Ter sucesso é, dia após dia, ser como Deus quer que sejamos e alcançar as metas que estabelecemos sob a orientação dele”.

Deus diz a Josué: “olha que entreguei nas tuas mãos o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra” (v.1). A vitória vem do Senhor para aqueles que se apropriam das suas promessas. A promessa de Deus não tem nenhuma eficácia se não for acompanhada pela fé: “Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram” (Hebreus 4.2). Sem fé é impossível agradar a Deus e receber dele alguma vitória.

Não importa o tamanho ou a dimensão do seu fracasso. Você pode levantar e recomeçar outra vez. F. W. Robertson disse: “A vida, assim como a guerra, é uma série de erros, e não é o melhor cristão nem o melhor general que dá o menor número de passos em falso. A mediocridade pode levar a essa ideia. Na verdade, porém, o melhor é aquele que conquista as vitórias mais esplendidas extraindo-as dos erros. Esqueça os erros; use-os para organizar vitórias”.

4-ASSUMIR UM NOVO COMPROMISSO (JS 8:30-35)

Algum tempo depois da conquista de Ai, Josué conduziu o povo cerca de cinquenta quilômetros para o Norte até Siquém, uma cidade entre os montes Ebal e Gerizim. Nesse local, a nação cumpriu a ordem que Moisés havia lhes dado em seu discurso de despedida (Dt 27:1-8). Josué interrompeu as atividades militares para dar a Israel a oportunidade de firmar um novo compromisso com a autoridade de Jeová expressa em sua lei.

Josué construiu um altar (vv. 30, 31). Uma vez que Abraão havia construído um altar em Siquém (Gn 12:6, 7) e que Jacó havia morado ali por um breve período (Gn 33 – 34), aquela região possuía fortes laços históricos com Israel. O altar de Josué foi construído sobre o monte Ebal, o “monte da maldição”, pois somente um sacrifício de sangue pode salvar os pecadores da maldição da lei (Gl 3:10-14).

Ao construir o altar, Josué teve o cuidado de obedecer a Êxodo 20:25 e de não usar qualquer ferramenta nas pedras recolhidas dos campos. Nenhuma obra humana deveria ser associada ao sacrifício para que os pecadores não pensassem que seriam capazes de ser salvos por suas obras (Ef 2:8, 9). Deus pediu um altar simples de pedra e não um altar elaborado e decorado por mãos humanas, “a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Co 1:29). Não é a beleza da religião criada por homens que concede o perdão aos pecadores, mas sim o sangue no altar (Lv 1 7:11). O rei Acabe substituiu o altar de Deus por um altar pagão, que lhe não conferiu a aceitação de Deus nem o aperfeiçoou como ser humano (2 Rs 16:9-16).

Os sacerdotes ofereceram holocaustos ao Senhor representando o compromisso total de Israel com Deus (Lv 1). As ofertas pacíficas foram uma expressão de gratidão a Deus por sua bondade (Lv 3; 7:11-34). Uma porção da carne foi entregue aos sacerdotes e outra aos ofertantes para que pudessem desfrutá-la alegremente com sua família na presença do Senhor (Lv 7:15, 16, 30-34; Dt 2:17, 18). Por meio desses sacrifícios, a nação de Israel estava declarando diante de Deus seu compromisso e comunhão com ele.

Josué escreveu a lei em pedras (vv. 32, 33). Esse ato foi realizado em obediência à ordem de Moisés (Dt 27:1-8). No Oriente Próximo daquela época, era costume os reis celebrarem sua grandeza escrevendo registros de seus feitos militares em grandes pedras cobertas de reboco. Mas o segredo da vitória de Israel não era seu líder nem seu exército, e sim a obediência à lei de Deus Js 1:7.Esse é o quarto monumento público de pedras a ser erigido. O primeiro foi em Gilgal (Js 4:20), comemorando a travessia do Jordão pelo povo de Israel. O segundo foi no vale de Acor, um monumento ao pecado de Acã e ao julgamento de Deus (Js 7:26). O terceiro foi na entrada de Ai, uma lembrança da fidelidade de Deus ao ajudar seu povo (Js 8:29). Essas pedras no monte Ebal lembravam Israel de que seu sucesso dependia inteiramente de sua obediência à lei de Deus (Js 1:7,8).

Josué fez a leitura da lei (vv. 34, 35). Seguindo as instruções de Moisés em Deuteronômio 27:11-13, foi determinado um lugar para cada tribo em um dos dois montes. Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e Naftali ficaram no monte Ebal, o monte da maldição. Simeão, Levi, Judá, Issacar, José (Efraim e Manassés) e Benjamim ocuparam o monte Gerizim, o monte da bênção. As tribos no monte Gerizim foram fundadas por homens que eram filhos de Lia ou de Raquel, enquanto as tribos do monte Ebal era constituídas de descendentes de filhos de Zilpa ou de Bila, servas de Lia e Raquel. As únicas exceções foram Rúben e Zebulom, pertencentes à descendência de Lia. Rúben havia perdido sua posição de primogênito, pois havia pecado contra seu pai (Gn 35:22; 49:3, 4).

O vale entre os dois montes foi ocupado pelos sacerdotes e levitas com a arca, cercados pelos anciãos, oficiais e juízes de Israel. Todo o povo estava voltado para a arca, que representava a presença de Deus no meio deles. Quando Josué e os levitas leram as bênçãos do Senhor unia a uma (ver Dt 28:1-14), as tribos do monte Gerizim responderam em uníssono e em alta voz “Amém!”, que, no hebraico, significa “Assim seja!”. Quando leram as maldições (ver Dt 27:14-26), as tribos do monte Ebal responderam com um “Amém!” depois da leitura de cada maldição.

Deus havia dado a lei por intermédio de Moisés no monte Sinai (Êx 19 – 20), e o povo havia aceitado e prometido obedecer. Moisés havia repetido e explicado a lei nas campinas de Moabe, na fronteira com Canaã. Aplicou a lei à vida do povo na Terra Prometida e admoestou os israelitas a obedecer. “Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do S e n h o r, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do S e n h o r, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes” (Dt 1 1:26-28, observar os vv. 29-32).

No entanto, o fato de os cristãos “não [estarem] debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6:14; 7:1-6) não significa que podemos viver como bem entendermos e ignorar ou contestar a lei de Deus. Não somos salvos por guardar a lei, nem santificados por tentar observar os preceitos da lei; antes, o “preceito da lei se [cumpre] em nós” ao andarmos no poder do Espírito Santo (Rm 8:4). Se nos colocarmos sob a lei, deixamos de desfrutar as bênçãos da graça (Gl 5). Se andarmos no Espírito, experimentamos seu poder transformador e vivemos com o propósito de agradar a Deus.

Sejamos gratos a Jesus, que levou sobre si na cruz a maldição da lei em nosso lugar e que nos concede todas as bênçãos celestiais pelo Espírito. Pela fé, podemos nos apropriar de nossa herança em Cristo e marchar avante em vitória!

Pr. Eli Vieira 


sábado, 23 de março de 2024

Boko Haram ataca vilarejo no Norte de Camarões

 

 atentado em Camarões foi o segundo em menos de três meses


Um cristão foi morto e muitas famílias se tornaram deslocadas internas

No dia 15 de março, militantes do Boko Haram atacaram o vilarejo de Lambram, próximo à fronteira entre Camarões e Nigéria. O ataque aconteceu de madrugada e em um dos locais mais atingidos pelos ataques dos radicais no extremo Norte de Camarões.  


Animais foram roubados e diversas plantações de subsistência – pertencentes a cristãos – foram destruídas pela segunda vez em menos de três meses. Mogozo Tehawa, um cristão de 45 anos que fazia parte da Igreja Evangélica em Torou, uma comunidade vizinha, foi baleado na cabeça e não resistiu aos ferimentos. Ele foi a única pessoa morta nesse ataque. 
 


“Estamos dormindo na montanha desde que os ataques do 
Boko Haram se tornaram frequentes. Naquela noite, ele [Mogozo] se atrasou e como não ouvia bem, não percebeu os passos dos militantes atrás dele... Eles o encontraram sozinho em casa e o mataram”, explicou o pastor Paul da Igreja Evangélica em Tourou.  

 

Onda de deslocados internos 

 

Na manhã do dia seguinte ao ataque, cristãos se reuniram no terreno do cristão, que era pai de cinco filhos, para o velório. O medo continua no ar e alguns cristãos de Lambram se mudaram para comunidades vizinhas. O número exato de cristãos atingidos pelo atentado ainda está sendo averiguado por nossos parceiros, mas ao menos 1.500 pessoas se tornaram deslocadas internas na região desde o início do ano. Mais de metade do grupo era de cristãos. 

   

“Muitos viajaram para longe. Os ataques estão custando muito. Mas as pessoas não enxergam muitas opções. As roças e a vida deles em Lambram não podem ser carregadas na mudança. Então, eles voltam e esperam em Deus que fiquem seguros”, conta o pastor Paul com preocupação.  

 

A mesma comunidade foi atacada por cem militantes do Boko Haram em janeiro deste ano. A casa de dez cristãos foi saqueada e uma mulher com mais de 60 anos foi morta a tiros na própria casa.   

 

Medo no ar 

 

“O Boko Haram começou a atirar em todo o vilarejo. Eles atingiram minha casa tantas vezes. O som das armas era muito alto. Minha esposa, que tem pressão alta, ficou apavorada. Ela desmaiou de tanto medo. Quando o tiroteio parou, a levei para o pronto-socorro mais próximo, mas ela nunca mais abriu os olhos de novo”, disse Ngahadek, o marido da cristã assassinada no ataque de janeiro, em conversa com parceiros locais da Portas Abertas.  

 

O vilarejo é constituído de aproximadamente 40 casas, a maioria habitada por mulheres, crianças e idosos. Por causa da insegurança gerada pelos ataques repetidos, a maioria dos homens de Lambram e comunidades vizinhas passa a noite nas montanhas ou em áreas seguras. Os que permanecem no vilarejo, muitas vezes precisam dormir ao relento, por causa do calor na região nesse período.  

   

“Os repetidos ataques do Boko Haram e do Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) a comunidades cristãs e vilarejos no extremo Norte de Camarões têm sido ignorados pela comunidade internacional. Estamos horrorizados que esses ataques continuem imbatíveis, obrigando milhares de pessoas a deixarem suas casas, roças e suprimentos. Pedimos à comunidade internacional que faça tudo que for possível para assegurar que o governo de Camarões proteja todos as comunidades afetadas e os deslocados internos”, disse o porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.   

 

Lute em oração pela África Subsaariana  

A oração é mais poderosa do que batalhas violentas, por isso convidamos os cristãos brasileiros a se juntarem a nós no Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2024. Participe do maior movimento de oração em favor dos cristãos perseguidos na África Subsaariana. 

 

Pedidos de oração 

  • Clame por consolo do Santo Espírito à família enlutada.  
  • Interceda por proteção para a igreja no vilarejo de Lambram.  
  • Ore por capacitação para lidar com a perseguição para todos os líderes de igrejas em Camarões.  

Fontee: Portas Abertas

ALÉM DAS FRONTEIRAS

 


Além das fronteiras: tema da Campanha Anual da APMT para 2024

Baseado em 2 Co 10.16a , visa ao encorajamento das igrejas e congregações, pastores e presbíteros, demais líderes e membros, a realizarem ações efetivas em prol de missões transculturais.
 
Nos últimos meses, tenho pensado muito no que a APMT realizou, como instituição, desde sua fundação até hoje. Na mesma toada, penso no futuro, em tudo que nos temos proposto a fazer, enquanto Agência Missionária Denominacional, e na magnitude dos desafios mundiais que batem à nossa porta.  Agora em 2024, caso tivéssemos os recursos humanos disponíveis, poderíamos atender convites de lideranças eclesiais de aproximadamente 50 países para envio de missionários.
 
Ao mesmo tempo em que esse quadro nos dá uma sensação de credibilidade como uma agência sul-americana, vem um aperto no coração por não termos essa "mão de obra" disponível. Apenas para ficar bem claro, se HOJE, a APMT tivesse 50 casais prontos para o campo, com a teologia, missiologia e demais formações, nós poderíamos enviá-los imediatamente.
 
Afinal, o que podemos fazer ante a esse desafio “além-fronteiras”? Não apenas a APMT, mas a IPB enquanto denominação, cada igreja local, cada congregação, cada membro, cada sociedade interna, cada presbitério, cada sínodo, cada seminário e instituto bíblico... Os campos estão lá, clamando pelos ceifeiros. O Senhor da Seara continua chamando seus servos. O que nós não estamos vendo? O que está faltando? Compete a nós discernir e obedecer. 
 
Nossos seminários e institutos bíblicos, presbiterianos, estão repletos de alunos, os presbitérios estão cheios... há presbitérios que possuem o dobro e até o triplo de pastores em relação ao número de igrejas e congregações. As igrejas estão repletas de pessoas que continuamente oram pedindo que o Senhor lhes mostre a vontade dele para suas vidas. A resposta, contudo, já foi dada! Está registrada com todas as letras! “Vão! Façam discípulos! Batizem-nos! Preguem o Evangelho do Reino a todos! Indiscriminadamente! Atravessem a rua, atravessem o oceano, atravessem os ares! Vão! Digam que dei minha vida por eles! Digam que meu sangue carmesim escorreu pelo meu corpo enquanto eu jazia crucificado. Digam que esse sangue limpo, puro, imaculado foi suficiente para pagar a conta! Não há mais dívida! Não há mais grilhões! Não há prisão! Digam-lhes que o Pai aceitou o meu sacrifício e que tudo o que Ele quer agora é o coração daquele que sinceramente crer e se render em definitivo.”
 
Ponderando, então, nessas coisas, e grato por tudo que temos recebido das bondosas mãos de Deus, convido você a clamar comigo, pedindo ao Senhor que nos levante, nos movimente, que Seu Espírito Santo invada nossa alma e lance fora todo o medo e toda a estagnação.
 
Convido você a divulgar a Campanha 2024 da APMT em todos os departamentos e sociedades da sua igreja! O versículo-chave é 2 Co 10.16a - “a fim de anunciar o evangelho para além das vossas fronteiras…”
 
Os tempos estão cabulosos, o mundo urge! Ore comigo: “Senhor, aqui estou. O que queres de mim? Que se cumpra em mim a Tua vontade e que Teu glorioso nome seja ADORADO em todos os rincões deste planeta maravilhoso que o Senhor nos deu.”
 
Pelos, ainda, não alcançados,
 
Rev. Marcos Agripino
Executivo Administrativo da APMT

Fonte: https://ipb.org.br/conteudos_detalhe?conteudo=1499

ENVOLVIDO OU COMPROMETIDO

 

Envolvido ou Comprometido com Deus?


Marcos 15.21

Entendemos que há uma grande diferença entre estas duas palavras – envolvido x comprometido. Para exemplificar vou contar a estória do porco e da galinha. “Conta-se, que há muito tempo,  em uma determinada fazenda, certo dia, os animais resolveram fazer uma festa para o fazendeiro; a discussão durou horas, pois os porcos achavam que deveriam fazer a melhor festa, pois, assim, chegariam ao coração do duro e mau fazendeiro. As galinhas, achavam que deveriam fazer qualquer coisa ou uma festa qualquer, uma vez que, por ser duro e mau, era isso que o fazendeiro merecia. Após algumas horas de discussão, resolveram finalmente, que começariam os preparativos da festa pela escolha do cardápio, sendo logo apresentada a sugestão das galinhas de que fosse servido na festa ovos com bacon, o que, sem nenhuma discussão foi de pronto aceito pelos porcos”. Pensem então, nessa estória: quem demonstra estar apenas ENVOLVIDO? E quem demonstra estar COMPROMETIDO?

No texto de Marcos 15.21 encontramos um homem que raramente é mencionado dos púlpitos das igrejas: Simão, pai de Alexandre e de Rufo, proveniente de Cirene, norte da África. Pouco, ou quase nada, sabemos a respeito deste homem. Contudo, considerando a história da época e alguns detalhes mencionados no texto, podemos ter uma ideia de quem ele era. Talvez ele fosse um prosélito (um gentio convertido ao judaísmo), ou talvez um judeu africano. Seu nome, Simão, era judeu. Ele certamente viajou a longa distância entre Cirene e a Palestina a pé, com intuito de passar a Páscoa em Jerusalém e oferecer sacrifícios a Deus no templo construído por Herodes. Sabemos mais uma coisa desse Simão: é que ele estava trabalhando. Para financiar as despesas de viagem e de estadia, pois era comum ao judeu que peregrinava para Jerusalém arranjar um emprego temporário quando chagava a Israel.

A vida de Simão Cireneu nos lembra de algumas razões pelas quais devemos nos comprometer com Deus:

1ª) QUANDO SE TRATA DE CHAMADO, NÃO EXISTE ACASO, EXISTE PROPÓSITO.

O texto em tela nos diz que Simão vinha do campo. Que, ao buscar um homem ou uma mulher para realizar a sua obra, Deus possa contar com você, mesmo após o expediente.

Simão não foi escolhido por acaso, mas por que havia um propósito de Deus naquilo. Simão não ia simplesmente ajudar um homem a carregar sua cruz. Ele estava fazendo parte de um plano maravilhoso cuja dimensão ele nem podia imaginar. O que podemos ver ali é a soberana providência na vida daquele homem. Simão tornava-se ali uma peça importante na obra da salvação da humanidade.

Antes de seu encontro com Jesus, Simão possuía religiosidade e devoção, mas depois de encontrar-se com Cristo, recebeu comunhão real e salvação. Naquele dia, sua vida sofreu uma reviravolta física e espiritual e foi inteiramente transformada. Deus ainda pode usar situações difíceis, até mesmo humilhantes, para conduzir as pessoas ao Salvador.

2ª) NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS APENAS POR NÓS MESMOS, MAS PELA GERAÇÃO QUE NOS SUCEDERÁ.

Simão era um dos milhares de judeus de outros países que se dirigiam a Jerusalém para celebrar as festas (At 2:5-11). Havia percorrido mais de 1.200 quilômetros desde a África para comemorar a Páscoa, e agora estava sendo humilhado no dia mais santo de todos! O que diria a sua família quando voltasse para casa? Aquilo que pareceu uma tragédia para Simão, na verdade, foi uma oportunidade maravilhosa de aproximar-se de Jesus Cristo.

            O texto das Escrituras diz que esse Simão era pai de Alexandre e de Rufo, e há uma clara inferência de que esses irmãos se tornaram pessoas importantes na igreja primitiva. A Bíblia identifica Simão como sendo o pai de Alexandre e Rufo muito provavelmente porque eram bem conhecidos no mundo cristão primitivo. Gosto de imaginar Simão voltando para Cirene e contando a Alexandre e a Rufo o que acontecera com ele. Leia Romanos 16.13.

Há uma nova geração olhando para você e para mim. O que estamos ensinando aos nossos filhos, sentados nos bancos das nossas igrejas? Sabe o que eu quero ensinar a esses jovens? Que a nossa vida não vale pelos bens que possuímos, mas pelo esforço com que nos dedicamos à causa de Cristo.

3ª) O QUE APRENDEMOS NO CUMPRIMENTO DA NOSSA MISSÃO É MUITO MAIS VALIOSO DO QUE O PREÇO QUE  PAGAMOS PARA CUMPRI-LA.

Lucas ao relatar esse episódio disse: “Enquanto o levavam, agarraram Simão de Cirene, que estava chegando do campo, e lhe colocaram a cruz às costas, fazendo-o carregá-la atrás de Jesus” (Lucas 23.26). Lucas deixa claro que Jesus seguia na frente. E o que Simão aprendeu, naquela estrada estreita e sinuosa, chamada Via Dolorosa, foi de um significado muito mais rico do que o preço que ele pagou para carregar aquela cruz. Quando chegou no alto do monte do Calvário, deve ter pensado: “Valeu a pena, porque o que eu aprendi com esse homem nunca ninguém vai poder apagar do meu coração”.

Entendemos que compromisso é provavelmente o comportamento mais importante para o verdadeiro cristão. Compromisso, não é uma palavra popular nos dias de hoje. Pois, vivemos numa sociedade descartável. Se não queremos o bebê, abortamos; se não queremos o cônjuge, nos divorciamos; e se não queremos o vovô, praticamos a eutanásia. E com tristeza verificamos que muitos cristãos querem ter esta alternativa hoje. Se não querem mais carregar a cruz de Cristo, colocam-na de lado. E assim, se contentam em praticar um falso evangelho. De forma, implícita ou explicita estão contra a obra do Senhor. Pois, dizem que creem em Deus, mas vivem como se ele não existisse.

Seja ousado e responda: Você está pronto para carregar a cruz? Você está disposto a ser um cristão comprometido com Deus? Se você já teve verdadeiramente um encontro com Cristo, não basta apenas se envolver é preciso ser comprometido com o Senhor e sua obra.

Pr. Eli VieiraFacebook

sexta-feira, 22 de março de 2024

China obriga igreja a retirar cruzes do templo por suposto ‘risco de segurança’

 

Cruz sendo retirada do topo do prédio da Igreja Cristã de Chengdong, em 2019. (Foto: Reprodução/ChinaAid)

Para a comunidade local, a ação do governo não teve qualquer fundamento, pois as cruzes não representavam nenhum tipo de perigo

Uma igreja cristã que fica na cidade de Huainan, província chinesa de Anhui, recebeu uma notificação do governo comunista para remover as cruzes do templo.

Os oficiais alegaram supostos “riscos de segurança”. Uma das cruzes faz parte do espaço religioso há quarenta anos.

O comitê de gestão de nível local, controlado pela ditadura de Xi Jinping, ordenou que a comunidade Wangfenggang retirasse as duas cruzes, uma que ficava no telhado e outra na entrada da igreja. 

Conforme notícias da Gazeta do Povo, não houve relatório de avaliação de segurança elaborado por pessoal atualizado dos departamentos relevantes.

‘Sem qualquer fundamento’

Segundo os responsáveis ​​pela comunidade, a cruz localizada na cobertura do templo foi construída de acordo com os projetos de construção e, após a conclusão, foi submetida a testes e inspeção pelos departamentos competentes.

Ela está em uso há cinco anos, desde que foi aprovada na inspeção. Já a cruz que fica na entrada da igreja está em uso há mais de quarenta anos sem problemas de segurança.

Para a comunidade, o comitê concluiu o “risco de segurança” sem qualquer fundamento. Nos últimos trinta anos, a ditadura chinesa permitiu que as cruzes fossem usadas como símbolos de igrejas cristãs ou locais de encontro tanto na China urbana como rural.

Mas, a partir de 2014, a situação de tolerância religiosa começou a ser duramente reprimida de forma mais abrangente. O regime de Xi começou primeiro a remover cruzes das igrejas na cidade de Yuyao, província de Zhejiang, onde há uma grande população de cristãos.

Nos três anos seguintes, mais de mil cruzes foram removidas da província de Zhejiang. A campanha de remoção de itens sagrados se estendeu posteriormente a províncias como Henan, Anhui e Jiangxi e também afetou regiões como Shandong e Xinjiang, também regiões que concentram boa parte dos cristãos no país.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GAZETA DO POVO

A Igreja e a Grande Comissão



Em um mundo em constante transformação, onde as fronteiras são apagadas pelos avanços tecnológicos e as culturas se entrelaçam em uma dança intrincada, a igreja se encontra diante do desafio extraordinário da missão global. Nessa jornada, somos convocados pelo eco inegável das palavras de Jesus em Mateus 28.19-20: “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações...” A Grande Comissão não é apenas uma incumbência, mas uma oportunidade única de testemunhar a transformação de vidas e o nascimento de igrejas, através da pregação Evangelho.

Devemos conhecer as complexidades contemporâneas da missão, compreendendo alguns desafios e estratégias necessárias para levar a mensagem do Evangelho a todas as culturas. Descobriremos o chamado à responsabilidade da igreja local em unir forças para cumprir a Grande Comissão. A Grande Comissão deve continuar ecoando em nossos corações, instigando-nos a fazer discípulos de todas as nações.

A Urgência do Chamado Missionário

A urgência do chamado missionário, delineada nas palavras do Senhor Jesus, deve ainda ressoar vigorosamente nos corações e mentes dos crentes como um imperativo incontestável. Na grande comissão de Cristo aos seus discípulos, encontramos não apenas uma sugestão, mas um mandato divino que continua relevante através dos séculos e permanece como um chamado urgente para a Igreja Contemporânea: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Essa ordem convoca a igreja a uma ação incessante.

O cenário moderno, caracterizado por rápidas mudanças sociais e tecnológicas, destaca a atualidade e a urgência desse chamado. A rapidez com que as ideias se propagam e as culturas se entrelaçam exige uma resposta diligente da Igreja.

João Calvino, teólogo reformador, expressou a imperatividade do envolvimento missionário ao afirmar que os cristãos carregam a responsabilidade de espalhar o Evangelho. Ele escreve “porque é nossa obrigação proclamar a bondade de Deus para todas as nações... a obra não pode ser escondida em um canto, mas proclamada em todos os lugares”. Embora Deus pudesse ter usado outros meios, Ele escolheu “empregar a ação de homens” para a pregação do Evangelho.

As palavras de Calvino ressoam a essência do chamado missionário de Cristo, sublinhando que a fé cristã não é uma jornada solitária, mas uma missão compartilhada. A urgência não está apenas na preservação da própria fé, mas na propagação do Evangelho para além das fronteiras familiares e culturais. A ordem de Jesus é clara e incontornável: “Indo.” Esse imperativo transcende barreiras geográficas, culturais e temporais, convocando a Igreja a mover-se em direção àqueles que ainda não ouviram a mensagem transformadora do Evangelho.

Ao refletir sobre a urgência do chamado missionário, somos desafiados a considerar o contexto de uma sociedade em constante transformação. As mudanças nas dinâmicas familiares, avanços tecnológicos e as rápidas mudanças nas normas culturais destacam a relevância contínua do mandato de Cristo. A urgência não está enraizada apenas na necessidade de salvação, mas na resposta ativa à crescente escuridão espiritual que envolve muitas comunidades ao redor do mundo. Calvino, entendendo a profundidade dessa ordem, enfatizou que a fé não deve ser guardada egoisticamente, mas compartilhada generosamente. A Igreja, então, deve encarar a urgência do chamado missionário como parte integrante de sua identidade e propósito.

A obra missionária não é uma opção para a Igreja; é uma resposta inevitável ao chamado de Cristo. A grande comissão em Mateus 28.19-20 não é uma sugestão, mas uma ordenança divina. Os demais evangelistas também deram ênfase a essa ordem: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15, ARA); “Disse-lhes, então, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (João 20.21, ARA); “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).

Desafios contemporâneos na Missão

À medida que a Igreja responde ao chamado, é imperativo considerar e abordar os desafios contemporâneos que permeiam o cenário global. Os desafios enfrentados pela missão hoje são multifacetados, exigindo uma compreensão profunda e uma resposta sábia.

Um dos desafios urgentes é a pluralidade religiosa, uma característica marcante do mundo contemporâneo. Em muitas regiões, as religiões são diversas e profundamente enraizadas nas tradições culturais. Lidar com essa diversidade requer uma abordagem respeitosa enquanto se apresenta a singularidade e exclusividade do Evangelho. Num contexto de secularização crescente, e questionamento das verdades absolutas, os missionários enfrentam a tarefa de comunicar uma mensagem que, muitas vezes, é considerada contracultural. Faz-se necessário apresentar o Evangelho de forma relevante, que responda as perguntas e inquietações contemporâneas.

A globalização também desempenha um papel central nos desafios contemporâneos da missão. Embora conecte o mundo de maneiras sem precedentes, ela também traz consigo complexidades culturais e sociais. A rápida disseminação de ideias e valores pode impactar a receptividade da mensagem cristã, exigindo uma compreensão profunda do contexto local e uma abordagem flexível, sem abrir mão da verdade inalienável do Evangelho.

Navegar pelos desafios contemporâneos na missão é um chamado à adaptação, humildade e perseverança. E, principalmente, exige uma compreensão profunda das Escrituras, uma busca constante pela orientação do Espírito Santo e uma abordagem estratégica fundamentada na verdade do Evangelho.

A Escritura fornece orientações claras sobre a comunicação da mensagem em diferentes contextos. Em Colossenses 4.5-6 (NVI), Paulo instrui os crentes: “Comportem-se com sabedoria para com os que são de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.” Essa instrução destaca a necessidade de sabedoria na interação com diferentes culturas, comunicando o Evangelho de maneira temperante e relevante. A missão persiste, apesar dos desafios, pois a luz do Evangelho brilha ainda mais intensamente nas trevas contemporâneas.

A Responsabilidade da Igreja Local na Execução do Mandato

Ao considerarmos a responsabilidade da igreja local na execução do mandato missionário, somos chamados a um entendimento profundo da importância do envolvimento ativo. A grande comissão de Cristo é uma incumbência que recai sobre cada pessoa que um dia foi regenerada por esse Evangelho. A participação da igreja local na missão global não é uma opção, mas sim a resposta natural ao chamado de Jesus para fazer discípulos de todas as nações.

Essa cooperação ressoa com a necessidade de parcerias sólidas entre as igrejas locais e organizações missionárias, promovendo uma abordagem eficaz na execução da missão. É crucial que a igreja local compreenda a magnitude do desafio missionário e a urgência de uma resposta coletiva. A obra missionária não é uma responsabilidade apenas dos vocacionados (missionários, obreiros, evangelistas, pastores), mas uma expressão intrínseca da identidade da Igreja. À medida que nos envolvemos na missão, não estamos apenas cumprindo um mandato, estamos participando da história redentora de Deus, sendo instrumentos nas mãos do Criador para trazer salvação a lugares onde muitas vezes a mensagem ainda não fora pregada.

A igreja local deve sentir-se diariamente desafiada a despertar para a missão global com renovado zelo e compromisso. É hora de se unir, compartilhar recursos, talentos e chamados em prol da expansão do Reino de Deus. As palavras de Jesus em Mateus 28 não são um fardo pesado, mas uma oportunidade sublime de participar da obra mais significativa da história humana.

Que cada cristão veja a missão não como uma obrigação, mas como uma honra. Ao nos engajarmos na Grande Comissão, experimentaremos a alegria de ver vidas transformadas, comunidades restauradas e o nome de Jesus glorificado em lugares onde Ele ainda não foi conhecido. Que a Igreja, fortalecida pela convicção de sua responsabilidade na execução do mandato missionário, avance com coragem, confiança e amor, sabendo que o Senhor da colheita está conosco em cada passo da jornada. O desafio é grande, mas a promessa de Cristo é maior: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20, ARA).

Rev. Daniel Bovo

Fonte:https://apmt.org.br/blog/10744-a-igreja-e-a-grande-comissao?

QUANDO TUDO PARECE PERDIDO

 


NÃO DESISTA MESMO QUANDO TUDO PARECE PERDIDO



Atos 12.1-24

O pastor britânico, evangelista e escritor Alan Redpath (1907-1989)) costuma dizer: "Vamos manter a cabeça erguida e os joelhos dobrados - a vitória está do nosso lado!"

Meus irmãos, imagine ser acordado por um anjo e levantar-se para um milagre! Foi o que aconteceu com Pedro quando estava na prisão pela terceira vez, à espera de seu julgamento quando muitos em Israel naquele tempo estavam esperando pela sua morte.

Anos depois, quando escreveu sua primeira epístola, Pedro talvez tivesse essa experiência em mente ao citar o Salmo 34:15 e 16: "Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males" (1 Pe 3:12). Sem dúvida, essa citação resume o que Deus fez por Pedro naquela noite quando o rei Herodes estava prestes apresenta-lo ao povo e revela três certezas maravilhosas aos servos de Deus que nos encoraja em tempos difíceis, mesmo quando tudo parece perdido, não podemos desistir, por quê?.

1. PORQUE DEUS VÊ NOSSAS TRIBULAÇÕES (At 12:1- 4) - Deus viu e atentou para o que Herodes Agripa fazia contra seu povo. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista.

Herodes ordenou a prisão de vários cristãos, dentre eles Tiago (irmão de João), o qual ordenou que fosse decapitado. Assim, Tiago tornou-se o primeiro dos apóstolos a ser martirizado. Herodes estendera sua mão para destruir a igreja, mas Deus estenderia sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar seu Filho (At 4:28-30). Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro. O trono celeste estava no controle, não o governante aqui da Terra.

É bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em seu trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem sempre compreendamos seus caminhos, mas sabemos que sua vontade soberana é o que há de melhor.

2 . PORQUE DEUS OUVE NOSSAS ORAÇÕES (At 12:5 -17 ) - As palavras "mas havia oração incessante" constituem o ponto crítico desta história. Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora! "O anjo chamou Pedro na prisão", disse o pregador puritano Thomas Watson, "mas foi a oração que foi buscar o anjo".

Deus em sua infinita graça agiu enviando um anjo para libertar o seu servo Pedro. Pedro obedece (w. 7-11). O anjo trouxe luz e liberdade à cela da prisão, mas os guardas nem suspeitaram do que estava acontecendo. A fim de ser libertado, Pedro precisou obedecer às ordens do anjo. É provável que tenha pensado que se tratasse de um sonho ou de uma visão, mas ainda assim se levantou e seguiu o anjo para fora da prisão e até a rua. Só então se deu conta de que havia vivenciado mais um milagre.

Conta-se que “certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge Müller o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge Müller bem sabia disso. Depois da oração deitaram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já estava suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que levasse alimentos suficientes para suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge Müller e do doutor Pierson!” (Extraído do Livro Heróis da Fé).

Não devemos orar somente por aqueles que estão presos, como também pelos momentos difíceis que passamos, nossos planos e projetos, etc. Na certeza de que o Senhor ouve e responde as nossas orações.


3 . PORQUE DEUS LIDA COM OS NOSSOS INIMIGOS (At 12:18-25) - Se o relato tivesse terminado com a partida de Pedro, ficaríamos imaginando o que foi feito de Herodes. Herodes assassinara Tiago e tentara matar Pedro. A retribuição divina para isso e a aceitação da adoração blasfema decretaram sua morte. Em vez de Pedro ser morto por Herodes, Herodes é que foi morto pelo Deus de Pedro! O anjo de Deus enviado para libertar Pedro é enviado para matar Herodes (12.7,23).

O Senhor envia um anjo na prisão para quebrar as cadeias de Pedro e envia um anjo para aprisionar Herodes em cadeias de morte. Deus manda um anjo para dar vida a Pedro e outro anjo para aplicar a morte em Herodes. Herodes expirou devorado por vermes, e Pedro continuou seu ministério glorioso. O forte tornou-se fraco, e o fraco tornou-se forte. O que estava sentenciado à morte viveu, e morreu o que o sentenciou à morte. Os destinos da vida não estão nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus!

No início de Atos 12, Herodes parecia no controle, e tudo indicava que a Igreja perdia a batalha. Mas, no final do capítulo, Herodes está morto, enquanto a Igreja está bem viva e crescendo rapidamente! A igreja primitiva, era uma Igreja que orava, por isso foi bem-sucedida. Quando estava em dificuldades, a missionária Isobel Kuhn orava: "Se este obstáculo vem de ti, Senhor, eu o aceito; mas, se vem de Satanás, eu o rejeito e também a todas as suas obras em nome do Calvário!" Portanto, "Vamos manter a cabeça erguida e os joelhos dobrados - a vitória está do nosso lado!"

Pr.Eli Vieira

Pedro, Um homem Transformado para Servir

    João 21 A queda de Pedro foi muito triste, mas a sua restauração foi maravilhosa, onde podemos ver a graça incomparável do Senhor Jesus ...